Importação do Lúpulo para o Brasil - VAN DE BERGEN
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Importação do Lúpulo para o Brasil

saiba mais sobre as etapas e processos que foram necessários para introduzir uma nova cultura no país

Como grandes apreciadores de cerveja vimos a disponibilidade de novos rótulos e sabores crescerem de maneira exponencial desde 2014 no mercado nacional.

Junto ao surgimento de novas cervejarias, novos estilos de cerveja foram apresentados a nós brasileiros, que estávamos acostumados com a predominância de um único estilo (lager). Iniciou-se um processo de desenvolvimento de paladar em conjunto com o interesse em saber da composição da cerveja. Puro malte passou a ser um critério de escolha e cervejas mais aromáticas e amagas, em que o lúpulo desempenha o protagonismo, passou a conquistar cada vez mais adeptos e amantes.

Apesar de ser o 3º maior produtor de cerveja, o Brasil importa a maior parte do malte e até 2017 importava 100% do lúpulo para essa gigantesca produção.

Com essa leitura de mercado começamos a nos aprofundar nas pesquisas e intenções para esse cenário. Pelo fato do lúpulo ser uma espécie não registrada no Brasil, para iniciar o cultivo oficialmente era necessário primeiro introduzir a espécie no país de forma legal. Sendo assim, de maneira pioneira, escrevemos um projeto no MAPA para avaliar a adaptação dessa espécie no solo brasileiro.

Em abril de 2018 iniciamos o processo de importação de 9 cultivares da Alemanha, que ao chegar no Brasil, teve que ficar em quarentena no IAC (abril a maio de 2018).

Depois de aprovadas na quarentena, os passos subsequentes foram em dois sentidos: 

1- fizemos a adaptação das mudas, garantindo seu fortalecimento para se estabelecerem como nossas matrizes saudáveis, capaz de reproduzir sem problema
2- resolvemos manter em laboratório material in vitro para garantir um banco genético  

Logo após a adaptação, fizemos uma campo experimental com a perspectiva de pesquisa, para avaliar a viabilidade de produção e sua produtividade em solo brasileiro.

Com a certeza de sua adaptação resolvemos virar um viveiro para disseminar essas cultivares e outras introduzidas legalmente no Brasil.